Vinte e poucos anos ...

Dor. Dor física que vai além e dói na alma. Assim que me sinto lendo as notícias do acontecido no Rio de Janeiro. A cada 11 minutos uma mulher é estuprada. Forte não? Se pararmos para 'tentar' imaginar que a 11 minutos alguém fica ferida na alma. Minhas mãos gelam porque não sou capaz de compreender quanta maldade. Desde quando as mulheres são e serão objetos de desejo a disposição do outro? Há angústia e choro em meio peito, poderia ser Maria, Letícia, Amanda e Raquel. O que farão? A sociedade irá compartilhar em redes sociais de maneira tão fria a dor do outro? Façam algo, pelo clamor de todas as mulheres sendo mães, filhas, avôs, tias ou primas que não querem ser a próxima e sentem dor na alma pela crueldade do ocorrido. Não calaremos enquanto não houver respeito, não calaremos enquanto não houver leis que protejam os inocentes, não calaremos enquanto ficamos dentro de casa porque o mundo não foi feito por nós. Não sou feminista, mas valorizo quem eu sou e quem outras m...

'Queridinha'. Escutei essa palavra muitas vezes nessas últimas semanas. O caso é uma 'fulana' que ficou incomodada que em certo ambiente me achava a 'queridinha'. Hum? Sim. Não entendi o motivo de começo, ainda mais que a pessoa aparentou ficar super feliz por eu ter ficado no mesmo ambiente. Fiquei procurando uma explicação adequada e lógica para o meu cérebro sobre o que leva alguém a querer acabar a imagem da outra por ser a 'queridinha'. Primeiro, deu vontade de ir lá e tomar satisfações, como mamãe diz, ela não me criou pra isso rsrs. Depois a raiva queria sair em formas de palavras ou talvez só me destruir, porque foi algo muito inesperado. Então passou os dias e estou aqui escrevendo porque descobri a resposta. Como uma colega diz : - Ninguém joga pedra em árvore que não dá fruto. Pronto. Bastou. Aquilo tava me fazendo tanto mal que me sentia com vergonha de passar pela situação, os olhares já estavam me afetando fortemente, então decidi que ...

Sempre achei que escrever liberta este emaranhado de sentimentos no peito, que as vezes parecem nos sufocar ou nos matar lentamente. E como o tempo não permite escrever fico guardando isso aqui dentro. Desilusões. Talvez eu não seja a única no mundo que acredita até o último instante que as coisas darão certo e depois puft! Quebra a cara, chora, bate o pé, acha que vai morrer e que não aguenta mais... Só que descobri que sim, aguentamos ! Aguentamos um novo amor mesmo dizendo que nunca mais queremos nos apaixonar, queremos mentir pro nosso interior, somos sensíveis ao nível de sempre acreditar, de desejar um novo amor ou de olhar para trás com o amor que passou. E dá uma vontade louca de voltar, e voltamos, e ligamos ... Só que nós continuamos os mesmos e o outro não. O outro superou de alguma forma, aparentemente evita demonstrar quaisquer vestígios de sentimentos, e nós? Ahh ! Nós que acreditamos tanto em um talvez olhamos para frente um pouco mais machucada ou talvez melhor...